Nesta terça (11), o grupo ASA (Asa Investiments), instituição financeira que realiza gestão de ativos, fundada por Alberto Safra, anunciou a compra de um terreno na Avenida Rebouças.

O total da área ultrapassa os 8 mil metros quadrados e será a nova sede da ASA que fica hoje localizada na Alameda Santos, próxima à sede do Banco Safra.

O prédio corporativo terá mais de 200 metros de altura e já é considerado um dos prédios comerciais mais altos da cidade.

Além de ser a futura sede da empresa, lajes de altíssimo padrão estão dentro do projeto, todas destinadas à locação.

Essa aquisição faz parte de uma estratégia comercial do grupo, que deseja ampliar sua presença dentro do mercado imobiliário.

O edifício ainda não possui uma data para ser entregue, contudo já marca um desenvolvimento no setor corporativo em uma Avenida que estava sem grandes lançamentos há um tempo e que possui apenas dois prédios para serem entregues entre 2026 e 2027.

Conheça qual será o maior prédio corporativo da Av. Rebouças 

Data Centers são empreendimentos que possuem a infraestrutura necessária para armazenar um extenso conjunto de equipamentos e sistemas, ou seja, são a base física dos serviços digitais que hoje estão disponíveis. No Brasil, o órgão responsável por regular a instalação de Data Centers é o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

Atualmente o país concentra cerca de 480 megawatts (MW) de capacidade espalhada nestes centros de dados, contudo a probabilidade é de que este número aumente cada vez mais, isso porque os investimentos aprovados pelo ONS podem chegar aos R$90 Bilhões, de acordo com levantamento realizado pela RB Investimentos.

O tamanho deste valor é explicado pela posição geográfica privilegiada do Brasil, pelas conexões de fibra óptica internacionais e também por ser um país responsável por gerar muita energia. A fibra óptica é a espinha dorsal da conectividade no país, com mais de 77% de participação no mercado nacional de banda larga em 2025.

Os data centers já existentes estão localizados próximos à capital paulista e seus arredores, como em Barueri, Santana de Parnaíba e em Hortolândia. A escolha desses locais deve-se a distintos fatores.

Barueri, por exemplo, além de ter uma localização estratégica próximo às principais rodovias, também recebe investimentos governamentais no âmbito tecnológico e possui alta disponibilidade energética, o que tornou possível o uso de energia 100% renovável pelo data center.

Em Santana de Parnaíba, a construção de data centers tornou-se viável graças à infraestrutura e disponibilidade de área para grandes empreendimentos e empresas. Além disso, a cidade tem se destacado na segurança pública e busca ser um Hub Tecnológico, atraindo investidores nacionais e internacionais.

E em Hortolândia, onde a Microsoft e a Ascenty já possuem instalações, foi viável o desenvolvimento de data centers devido à rede de telecomunicações robusta da cidade, que possui conexão direta a pontos de troca de tráfego (PIX) em Campinas e em São Paulo, o que garante uma conectividade ideal, de alta velocidade e baixa latência.

Empresas mundiais como a Meta, Microsoft e a Amazon buscam aumentar seus investimentos no Brasil, para assim suprir a demanda de seus data centers já existentes.

No setor imobiliário, já existem empresas especializadas em identificar terrenos estrategicamente posicionados quanto à conectividade de rede, disponibilidade de água e infraestrutura elétrica.

No contexto dos data centers no Brasil, esse tipo de atuação ganha uma importância ainda maior, pois além da localização tradicional, há pontos específicos como: Alta densidade de energia, conexão direta a cabos submarinos ou redes de fibra de alta performance e sistemas eficientes de resfriamento e abastecimento hídrico.

A escolha do local passa a incluir fatores como a proximidade a hubs de telecomunicações, estabilidade da rede elétrica e acesso a fontes de energia renovável. Elementos estes que, combinados, definem a viabilidade técnica, regulatória e operacional de um centro de dados moderno no país.

Mercado de Data Centers no Brasil pode movimentar R$90 Bilhões

De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), as vendas de imóveis no último trimestre cresceram 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

O boom nas vendas é reflexo de diversos fatores. Um deles é a demanda retraída dos últimos anos e a nova realidade da maioria da população que está trabalhando em home office e busca um imóvel que traga maior qualidade de vida.

As empresas de empreendimentos com foco nas classes A e B estão recebendo maior procura de imóveis, que são mais valorizados pela área verde do bairro que estão localizados, fácil acesso à shoppings e parques, áreas de lazer e, claro, pelas maiores metragens.

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